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Em uma carta assinada hoje, (11) o Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, reafirmou seu compromisso de defender a vida contra projetos de lei que visam descriminalizar a prática do aborto no Brasil.
“A vida humana pertence a Deus”, assevera Dom Bergonzini, que também recordou que “nenhuma lei, nenhum plebiscito, nenhum partido, nenhum grupo de pessoas pode decidir quem vai morrer e quem vai nascer”.
Por isso o bispo afirma manterá a “luta pela vida dos indefesos, contra a cultura da morte que querem implantar no Brasil e na América Latina” e chama os fiéis à luta pela vida também durante o governo de Dilma Rousseff que assume a presidência da República neste 1º de janeiro.
Abaixo reproduzimos na íntegra a carta de Dom Bergonzini aos fiéis de Guarulhos.
“Muitas pessoas não entenderam o Movimento em Defesa da vida que fizemos e continuaremos fazendo. A época das eleições é propícia para debater os problemas nacionais. A preservação da vida é um problema nacional.
Existe um projeto de liberação do aborto no Brasil, que vem sendo defendido, há muito tempo, por partidos e políticos engajados nesse objetivo. Matar seres humanos indefesos, no útero de suas mães, antes deles chegarem à luz, é problema nacional e assassinato.
Os leigos católicos, os religiosos, os padres, os evangélicos, todas as religiões têm o direito de defender sua Doutrina e sua Moral.
Muita gente confundiu a ação pastoral com política. Defender a vida, contra a cultura da morte, não é política. Tem reflexos na política, mas é uma ação pastoral. O Papa Bento XVI não confundiu. Tanto que aprovou a campanha contra o aborto. A Igreja Católica estava usando o seu direito de defender o Evangelho e a Moral Cristã, e continuará a fazê-lo.
O Papa Bento XVI vem alertando o Mundo sobre o relativismo. No caso das eleições, se uma pessoa é cristã e obedece os Mandamentos da Lei de Deus, ela não pode apoiar candidatos com projetos de liberação do aborto. O cristão não pode relativizar e aprovar atitudes e ações que são contra a sua fé e a Doutrina Cristã.
A candidata Dilma Rousseff e sua Coligação me acusaram, no Tribunal Superior Eleitoral, de Brasília, de ter falsificado o documento da CNBB-Regional SUL-1. Imagine um Bispo falsificando um documento assinado por outros três Bispos. Eu e a Igreja Católica fomos vítimas da mentira e da violação dos direitos constitucionais. A defesa apresentada pelos advogados da Diocese de Guarulhos mostra como os direitos da Igreja Católica foram violados. O Ministério Público Eleitoral Federal também entendeu que os direitos da Igreja Católica foram violados.
A vida é o maior bem que temos. Deus nos deu a vida e só Ele pode nos tirá-la. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. A vida humana pertence a Deus. O ser humano e suas leis terrenas não podem mudar isso.
Nenhuma lei, nenhum plebiscito, nenhum partido, nenhum grupo de pessoas pode decidir quem vai morrer e quem vai nascer. Os políticos cristãos deveriam formar uma frente parlamentar nacional para impedir os governos de adotarem medidas para facilitar ou incentivar o aborto.
A campanha em favor da vida, que se iniciou há muito tempo, vai continuar. O projeto de lei para liberação do aborto foi derrotado nas Comissões de Saúde e Seguridade Social e de Constituição e Justiça, da Câmara Federal.
Os defensores da vida pensaram que o assunto estava encerrado. Mesmo com essas decisões, um deputado do PT solicitou que o projeto seja apreciado pelo Plenário da Câmara Federal. Depois disso, 21.12.2009, o Governo Federal editou o PNDH-3, e ressurgiu o projeto de liberação do aborto. E em 16.07.2010, numa reunião de países da América Latina, o Governo Federal assinou o "Consenso de Brasília", que pretende estender a liberação do aborto para toda a América Latina. E, no dia 04 de outubro, um dia após a eleição do primeiro turno, o Governo Federal publicou convênio, no Diário Oficial da União, para prosseguir no caminho da liberação do aborto.
Os católicos que votaram nesse projeto serão responsáveis, com os eleitos por eles que apóiam o aborto, pelas mortes das crianças indefesas que forem retiradas dos úteros de suas mães e atiradas no esgoto, como se fossem dejetos.
De minha parte, por amor ao Evangelho, pela fidelidade a Jesus Cristo, à sua Igreja e ao sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, manterei a luta pela vida dos indefesos, contra a cultura da morte que querem implantar no Brasil e na América Latina.
Exorto todos os cristãos a seguirem este mesmo caminho. Venham comigo lutar pela Vida!”
A carta foi publicada por diversos sites pró-vida, que recordam que neste dia 27 de novembro o Papa Bento XVI decretou o dia mundial da vigília pela vida do nascituro.
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